O pensamento aqui não é aclamar, apoiar, nem incentivar o
racismo, apenas tentar entender o relacionamento do homem com os animais e com
si próprio. Por exemplo: você chama a mãe do seu melhor amigo de “vaca”, pode dar
até em morte, pois seu amigo não vai entender tamanha ofensa. Mas se você
chamar uma mulher de “leoa”, esta se sentirá uma “guerreira”, uma “tigresa”
então totalmente lisonjeada, mas se chamada de “jararaca” é briga na certa.
Assim como chamada de “papagaio” não precisa dizer mais que é faladeira, “galinha”
então, ai danou-se ofensa pura é compará-la a uma prostituta. Se a chamar de um
“peixão” ainda pode ser, vai entender como uma corpulenta, diferente de ser
chamada de “baleia”, outra ofensa digna de briga. Umas até gostam, mas outras
entendem como ofensa, basta chamá-la de “cachorrona”, igual para os homens, serem chamados de "cachorrão", uns
se sentirão os bons e outros talvez ofendidos. Daí então se o homem for chamado
de “veado”, nem mesmos os gays aceitam, ofensa das bravas ainda mais se for
machista. De peso então é complicado, se chamar o homem de “elefante”, não
gosta, mas se o chamar de “rinoceronte”, se sente o fortão. Já bate uma certa
dúvida quando é chamado de “touro”, uns se sentirão o cara, mas outros farão o
comparativo com “boi” e não vão gostar de serem comparados ao chifrudo. E
gozado se for chamado de “cavalo” é um mal educado, grosso, bruto, mas se
falarem que é um “jumento” fica na dúvida de ser um “bem dotado sexualmente” ou
um ignorante, na dúvida fica com a
primeira opção. Mas tudo isto é para
chegarmos ao final de uma grande ofensa, o animal que ninguém gosta de ser comparado,
onde todos os exemplos dado acima são fichinhas perto deste, seja no homem ou
na mulher. Alguns cientistas, polêmicas a parte, chegaram a afirmar que somos
descendentes dos primatas. Não sei de onde veio nem como começou, mas virou uma
comparação odiosa, digna de discussões em todos os veículos de comunicação, nos
lares, redes sociais, escolas, e por fim até em tribunais.
É mais agravante
ainda quando se é dirigido aos negros, é um ato de racismo, de agressão à raça
negra, quando se é chamado de “macaco”. Falando-se assim, até parece algo
normal, comparado aos exemplos acima, mas isto na verdade apresenta-se como um
divisor, separa o branco do preto, o amarelo do branco, o gay do macho, etc.,
inadmissível em nossos dias. Quando se é alguém com referência como o jogador “Tinga”
do Cruzeiro e é discriminado, a mídia normalmente está acompanhando, então se
percebe o racismo, mas ela é feita todos os dias em cada canto deste país, onde
é velada quando se tem dinheiro, você é aceito ou melhor é engolido com as
pernas abertas, duro de descer, mas com grana...
Eu não creio que isto acabará, pois os inescrupulosos são
iguais formigas, podem até diminuir, mas não acabam. Pobres diabos que
conseguem ver numa cor de pele, num gesto delicado, excesso de peso e outras
coisas mais, serem os escolhidos, serem os perfeitos, uma raça suprema que tem
o corpo perfeito, mas mal sabem que
possuem a mente doentia. Para estes eu
gostaria de verdade, sem racismo, que “Deus” um dia aparecesse à eles como um enorme “NEGRÃO”.